Sítio Novo, dos grandes canaviais a práticas agropecuárias
A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) planta
originária da Ásia, é conhecida por suas características peculiares: uma
planta fina de formato cilíndrico, folhas grandes e pode alcançar até seis
metros de altura. É com ela que se faz dois produtos essenciais para a
economia mundial: o açúcar, parte indispensável da alimentação humana, e o
álcool, utilizado nas bebidas alcoólicas como por exemplo na cachaça, ou como
combustível para abastecer os carros, também conhecido como etanol (C2H6O).
Dela também se produz, o melaço, rapadura e o aguardente.
Depois de escolhida a região, iniciou-se o preparo da terra
com a retirada da cobertura vegetal, e o que antes era um berçário de espécies
nativas da fauna e da flora foi cedendo espaço para os grandes canaviais.
Durante o período compreendido entre o plantio e o corte da cana, as famílias
que ali se estabeleceram dedicavam-se a outras atividades, como o cultivo de
arroz e de feijão, além da criação de suínos, bovinos e algumas aves.
Censo
Agropecuário 2006 disponível em http://cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=211180&idtema=3&search=maranhao|sitio-novo|censo-agropecuario-2006
Historicamente ela é um dos principais
produtos agrícolas do Brasil, sendo cultivada desde a época da colonização
principalmente na região Nordeste. São vários os motivos que levaram a
escolha dessa região para o exercício de tal prática, dentre os quais pode se
destacar, o clima quente e úmido e o solo de massapé do litoral nordestino que
era ideal para o plantio da cana-de-açúcar. Outra razão era que os portugueses
estavam interessados apenas em cultivar um produto que fosse bastante consumido
na Europa, nesse caso o açúcar, isso foi o fator decisivo que levou os
portugueses a implantarem a cultura de cana-de-açúcar no Brasil.
Em Sítio Novo o cultivo dessa planta iniciou-se por volta de 1935 com a chegada das famílias Batista, Oliveira e Nascimento, tornado-se os pioneiros na produção de rapadura e aguardente que eram comercializados, vendidos ou trocados nas cidades vizinhas. Instalaram-se às margens do Riacho Barriguda, pois lá tinham um ambiente propicio para a o plantio e manutenção de seus canaviais.
Em Sítio Novo o cultivo dessa planta iniciou-se por volta de 1935 com a chegada das famílias Batista, Oliveira e Nascimento, tornado-se os pioneiros na produção de rapadura e aguardente que eram comercializados, vendidos ou trocados nas cidades vizinhas. Instalaram-se às margens do Riacho Barriguda, pois lá tinham um ambiente propicio para a o plantio e manutenção de seus canaviais.
Brasão de Sítio Novo-MA |
No auge dos canaviais, Sítio Novo contava
com 24 engenhos movidos a boi de carro, o que no período do corte da cana
atraia centenas de pessoas para a região, e foi essa aglomeração de
cortadores que deu origem a nossa cidade. Depois de cortada a cana
era moída para assim extrair o seu caldo, que também era chamado de garapa, em
seguida era levada para tachos onde borbulhava por horas até formar um mel, ao
atingir o ponto ideal era transferida para outra panela, onde cozinhava mais um
pouco até começar a se soltar do fundo. A etapa final da fabricação do
doce tinha que ser rápida, pois assim que era retirada do fogo a calda
endurecia rapidamente.
Para dar forma, a calda grossa e
espessa era despejada em formas de madeira onde permanecia até endurecer.
Depois de produzida, a rapadura juntamente com o aguardente (pinga de engenho)
e outros dois produtos que eram produzidos na região, sendo eles o fumo e o
algodão, eram transportados em cavalos e mulas até as cidades de Imperatriz e
Grajaú onde eram vendidos ou trocados por querosene, sal, tecido entre
outros produtos, o trajeto até essas cidades levava em torno de um a dois dias.
O tempo passou e o cultivo da
cana-de-açúcar foi cedendo espaço para a criação de bovinos que segundo o IBGE,
em 2006 a criação chegou em torno de 79.734 cabeças de gado, destinados à
produção de leite, venda, abate e comercialização de carne, e a cidade que se
edificou através dos canaviais passou a ser movida a práticas agropecuárias.
Referências Bibliográficas
Cana-de-açúcar, disponível em http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/arvore/CONTAG01_20_3112006152934.html
Cana de
açúcar no Brasil disponível em http://infoener.iee.usp.br/scripts/biomassa/br_cana.asp
Outras
fontes
Relatos
de moradores
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