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Semana Santa: Religiosidade e tradicionalismo

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    A Semana Santa é uma tradição religiosa católica que celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus, que ocorre no domingo de Páscoa.     É durante esse período que várias famílias sitionovenses fazem os famosos bolos assados no forno a lenha, passada de geração para geração essa tradição se mantém viva na região há várias décadas. O cardápio é diverso, bolos doces, salgados, de tapioca, de puba ou macaxeira, um verdadeiro banquete que dá gosto de se ver e é claro de provar também.     Para a produção tradicional de tais bolos há uma certa divisão de trabalho, enquanto as mulheres preparam a massa com muito carinho e dedicação, os homens põe a lenha pra queimar e aquecer o forno de barro, depois de quente  as brasas são retiradas e já é hora de por as delicias para asar, no fim de todo esse trabalho manual o resultado não podia

Produção artesanal da farinha de puba

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    Mandioca, macaxeira, aipim são termos brasileiros usados para designar a espécie Manihot esculenta C. que é uma espécie de planta tuberosa que armazenam seus nutrientes na própria raiz.  Originária da América do Sul, ela já era largamente utilizada como alimento pelos índios muito antes do descobrimento do Brasil, tendo sido transmitido por eles o hábito de consumi-la. Com sua farinha são feitos beijus, pirões, sopas e mingaus.     A classificação da mandioca baseia-se no teor de uma substância tóxica que ela possui: o ácido cianídrico. A mandioca-brava ou mandioca-amarga ou simplesmente mandioca é rica em ácido cianídrico, mas perde sua toxicidade no processo do cozimento e torrefação. Com ela são produzidas a farinha e a tapioca. Torra da farinha de puba Foto: Raimundo Machado   O processo de fabricação da farinha de puba é bem artesanal, tudo inicia-se com a colheita das raízes que geralmente é realizada depois de um ano a um ano e meio após o plantio das manivas

Passeio Culinário: Mala Assada

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    Hoje convido você a iniciarmos um tour pelos petiscos, lanches e iguarias que foram e ainda são bastante consumidas pela população sitionovense, nesse primeiro post iremos apresentar um lanche das antigas, a " Mala assada ", que na verdade é uma adaptação feita a partir da receita de omelete.      É sitionovense? Se sim, provavelmente já comeu, ou já ouviu falar deste lanche, se não conhece abaixo segue a receita e modo de preparo. Mas o que me levou a escrever sobre isso? Bom, certo dia peguei-me  a pensar sobre as comidinhas da região, tipo, bolos, doces e lanches, sim, sou aquela pessoa com espírito de gordo (sem ofensa) que em horas vagas pensa em comida, e  em meio a estes pensamentos recordei-me de um lanche que comi por vezes na minha infância, a mala assada.      Ela nada mais é do que uma adaptação bem nordestina da omelete, ficou curioso para saber como preparar? Então vamos lá para a receita.... Para essa receita você irá precisar de...  

Sítio Novo, dos grandes canaviais a práticas agropecuárias

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       A cana-de-açúcar ( Saccharum spp .) planta originária da Ásia, é conhecida por suas características peculiares: uma planta fina de formato cilíndrico, folhas grandes e pode alcançar até seis metros de altura. É com ela que se faz dois produtos essenciais para a economia mundial: o açúcar, parte indispensável da alimentação humana, e o álcool, utilizado nas bebidas alcoólicas como por exemplo na cachaça, ou como combustível para abastecer os carros, também conhecido como etanol (C 2 H 6 O). Dela também se produz, o melaço, rapadura e o aguardente.    Historicamente ela é um dos principais produtos agrícolas do Brasil, sendo cultivada desde a época da colonização principalmente na região Nordeste. São vários os motivos que levaram a escolha dessa região para o exercício de tal prática, dentre os quais pode se destacar, o clima quente e úmido e o solo de massapé do litoral nordestino que era ideal para o plantio da cana-de-açúcar. Outra razão era que os portugueses estavam

Sítio Novo de um jeito que você provavelmente não conheceu

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   Em 1935, chegaram ao território as famílias Nascimento, Batista e Oliveira, em busca de melhores terras para o desenvolvimento da lavoura. Os pioneiros cultivaram principalmente a cana de açúcar e, em segundo plano, outros produtos agrícolas. Apesar da povoação não haver crescido, a instalação de alguns engenhos possibilitou determinado progresso, alí fabricados, rapadura e aguardente de cana, eram vendidos para Imperatriz e Grajaú, formando-se um ciclo de comercialização.    Pela lei nº 269, de 31 de dezembro de 1948, o povoado foi elevado à categoria de Vila, com a denominação de Sítio Novo do Grajaú.    Treze anos depois, pela lei nº 2166, de 15 de dezembro de 1961, foi a Vila elevada à categoria de município. A área integrante do atual município foi desmembrada de Grajaú.  O seu topônimo se originou da grande quantidade de sítios de cana, existente no lugar.   Formação Administrativa      Distrito criado com a denominação de Sítio Novo do Grajaú, pela lei estadual

Riacho Barriguda - De córrego de águas cristalinas a rego sem vida.

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BARBOSA, T. M. S. “O riacho barriguda de banhar, Onde floresce ricos palmeirais, A serra da cinta a exaltar, A riqueza de seus canaviais.”                                                                          (Trecho do hino de Sítio Novo-MA)      Desde o início do povoamento de Sítio Novo – MA iniciado em 1935, quando as famílias Nascimento, Batista e Oliveira instalaram-se na região com a intenção de se dedicar ao cultivo da cana-de-açúcar, o Riacho Barriguda foi um dos grandes protagonistas da história de todos os sitionovenses, o riacho recebe esse nome devido a barriguda ( Ceiba glaziovii ) uma árvore típica da região que chega a medir cerca de 6–18 m de altura, com copa ampla e bastante ramificada, de tronco intumescido com mais de 1 m de diâmetro.      Utilizado para pesca, banhos e principalmente pelas lavadeiras de roupas da região, teve suas margens devastadas para dar lugar ao cultivo da cana-de-açúcar, atividade econômic